domingo, 9 de maio de 2010

Mãe...


Hoje foi um dia muito corrido, passei o dia na igreja e almocei por lá mesmo.
Minha mãe tá longe de mim, mas pensei nela o dia inteiro, quer dizer a semana inteira, na realidade eu não esqueço nunca. Então é isso, eu queria usar esse meu espaço pra fazer uns agradecimentos e dizer um pouquinho sobre ela.

Agradecer por me amar tanto, por proteger com esse jeitinho que é só seu, e que as pessoas ao redor jamais poderão entender.
Obrigada por me tornar uma pessoa melhor, pelas madrugadas de carinho que nunca se apagarão da minha memória, pelas conversas intermináveis e por responder algumas perguntas inimagináveis. Pelas noites de sono perdidas, por tanta luta e dificuldade que passou, para me proporcionar momentos de felicidade. Por me poupar de tanta dor e sofrimento obrigada.
Obrigada por me amar tanto, que nunca outro amor fez falta.
Acho que nunca vou conseguir agradecer.
Me perdoa se em algum momento te magoei, não compreendi ou disse palavras duras, os filhos são assim as vezes.
Obrigada por me fazer sentir a pessoa mais linda e especial do mundo ( muitas vezes acreditei rs). Você me valorizou de tal forma, que pude enfrentar os piores monstros, com uma certeza profunda de que sempre poderia vencer. E quando esses monstros vem ainda hoje, quando me tornei uma pessoa adulta, lembro de você e do quanto fomos forte juntas, e luto novamente e venço novamente cada dia.
Gostaria de estar aí bem pertinho, pra te dizer o quanto te amo e como ainda quero cuidar de você e tentar retribuir tudo que fez por mim, a distancia só me faz lembrar o quanto é bom estar ao seu lado.
Te amo muito, muito mais do que jamais poderei escrever, dizer, expressar.
TE AMO TE AMO TE AMO TE AMO TE AMO TE AMO TE AMO TE AMO TE AMO!!!!!!!!!!!!!!!!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Tempo


"Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não vou mais a workshops onde se ensina como converter milhões usando uma fórmula de poucos pontos. Não quero que me convidem para eventos de um fim-de-semana com a proposta de abalar o milênio.

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos parlamentares e regimentos internos. Não gosto de assembléias ordinárias em que as organizações procuram se proteger e perpetuar através de infindáveis detalhes organizacionais.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de “confrontação”, onde “tiramos fatos à limpo”. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário do coral.

Já não tenho tempo para debater vírgulas, detalhes gramaticais sutis, ou sobre as diferentes traduções da Bíblia. Não quero ficar explicando porque gosto da Nova Versão Internacional das Escrituras, só porque há um grupo que a considera herética. Minha resposta será curta e delicada: - Gosto, e ponto final! Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: “As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos”. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos.

Já não tenho tempo para ficar dando explicação aos medianos se estou ou não perdendo a fé, porque admiro a poesia do Chico Buarque e do Vinicius de Moraes; a voz da Maria Bethânia; os livros de Machado de Assis, Thomas Mann, Ernest Hemingway e José Lins do Rego.

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita para a “última hora”; não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja andar humildemente com Deus. Caminhar perto dessas pessoas nunca será perda de tempo.

Ricardo Gondim


Ouvi na semana passada, de uma pessoa bem importante, sobre a tristeza de participar muitas vezes em reuniões de cúpula de determinadas instituições e do sentimento de não estar contribuindo em praticamente nada para a construção de um mundo melhor, o Reino de Deus mesmo. Fiquei triste e ao mesmo feliz. Triste por constatar novamente que a burocracia e a política amarram engessam o processo de avanço das nossas comunidades, e feliz por saber que temos ainda líderes que se sensibilizam e choram, reconhecem e buscam mudanças em suas atitudes.


Quem é que pode ter certeza, se está com a bacia meio cheia ou meio vazia, das tais jabuticabas?

Estou assim hoje e sinceramente quero estar sempre, com uma sensação de bacia meio vazia, vivendo cada dia como se não pudesse fazer nada diferente amanhã . Parece que a vida ganha outro sentido, as pessoas ganham mais importância, o mundo parece melhor.

Talvez alguém diga que não esteja velha o suficiente pra me preocupar dessa maneira, mas sei que não estou tão nova que não deva ter preocupações, enfim nunca é cedo pra viver melhor, e descobrir o verdadeiro sentido de ser humano.


quinta-feira, 6 de maio de 2010