Hoje foi um dia muito corrido, passei o dia na igreja e almocei por lá mesmo.
domingo, 9 de maio de 2010
Mãe...
Hoje foi um dia muito corrido, passei o dia na igreja e almocei por lá mesmo.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Tempo
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não vou mais a workshops onde se ensina como converter milhões usando uma fórmula de poucos pontos. Não quero que me convidem para eventos de um fim-de-semana com a proposta de abalar o milênio.
Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos parlamentares e regimentos internos. Não gosto de assembléias ordinárias em que as organizações procuram se proteger e perpetuar através de infindáveis detalhes organizacionais.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de “confrontação”, onde “tiramos fatos à limpo”. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário do coral.
Já não tenho tempo para debater vírgulas, detalhes gramaticais sutis, ou sobre as diferentes traduções da Bíblia. Não quero ficar explicando porque gosto da Nova Versão Internacional das Escrituras, só porque há um grupo que a considera herética. Minha resposta será curta e delicada: - Gosto, e ponto final! Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: “As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos”. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos.
Já não tenho tempo para ficar dando explicação aos medianos se estou ou não perdendo a fé, porque admiro a poesia do Chico Buarque e do Vinicius de Moraes; a voz da Maria Bethânia; os livros de Machado de Assis, Thomas Mann, Ernest Hemingway e José Lins do Rego.
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita para a “última hora”; não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja andar humildemente com Deus. Caminhar perto dessas pessoas nunca será perda de tempo.
Ricardo Gondim
Ouvi na semana passada, de uma pessoa bem importante, sobre a tristeza de participar muitas vezes em reuniões de cúpula de determinadas instituições e do sentimento de não estar contribuindo em praticamente nada para a construção de um mundo melhor, o Reino de Deus mesmo. Fiquei triste e ao mesmo feliz. Triste por constatar novamente que a burocracia e a política amarram engessam o processo de avanço das nossas comunidades, e feliz por saber que temos ainda líderes que se sensibilizam e choram, reconhecem e buscam mudanças em suas atitudes.
Quem é que pode ter certeza, se está com a bacia meio cheia ou meio vazia, das tais jabuticabas?
Estou assim hoje e sinceramente quero estar sempre, com uma sensação de bacia meio vazia, vivendo cada dia como se não pudesse fazer nada diferente amanhã . Parece que a vida ganha outro sentido, as pessoas ganham mais importância, o mundo parece melhor.
Talvez alguém diga que não esteja velha o suficiente pra me preocupar dessa maneira, mas sei que não estou tão nova que não deva ter preocupações, enfim nunca é cedo pra viver melhor, e descobrir o verdadeiro sentido de ser humano.